domingo, 26 de agosto de 2018

Desconstruindo o socialismo

Onde há mais qualidade de vida e desenvolvimento humano? (foto do google)
Os meus amigos de infância, assim como aqueles que conviveram comigo enquanto secundarista, sabem que desde sempre me envolvo muito com assuntos políticos e que naquela época nutria grande apreço pelo socialismo, mas algo mudou e faz tempo!

Ávido por conhecimento e sem vaidades no sentido de ter medo em rever conceitos estabelecidos, especialmente religiosos e ideológicos, achava o socialismo atraente (e ele o é por divulgar massivamente a retórica da justiça social), mas com muito estudo na área de história e a idade percebi a grotesca incoerência que é o socialismo.

Nesse sentido, digo que desconstruir o socialismo em si não é difícil, contudo é demasiadamente pesado o exercício e a boa fé de questionar certezas, sair da zona de conforto e humildemente reconhecer que acreditava e divulgava algo errado. Essa verdadeira metamorfose, assim como no caso das lagartas e borboletas, é extremamente difícil e complicada, porém libertadora!

Portanto, se você tiver medo em questionar suas verdades, talvez seja melhor parar a leitura, mas se você quiser dialogar com a sua consciência, sendo ela feminina (entenda essa conceito no texto da verinha clicando aqui), então prossiga com o texto de coração aberto!  

De maneira resumida e após muitas leituras (e isso significa conhecer tanto os argumentos da direita, entendamos aqui oriundos de Adam Smith , e os de esquerda por Karl Marx) devemos partir para uma conduta filosófica, estabelecendo a primeira pergunta fundamental:

TODOS OS SERES HUMANOS SÃO IGUAIS?

Evidente que não! Cada um de nós carrega em si medos, dúvidas, qualidades, defeitos, desejos, ambições, sonhos e até mesmo paixões bem diferentes. E isso faz parte da essência do ser humano desde o seu desenvolvimento enquanto espécie, por conta da união dos primeiros grupamentos nômades e, posteriormente, por conta do processo de sedentarismo.

Todos nós somos diferentes, do contrário seríamos robôs (foto do google)

Sendo assim, cabe a segunda pergunta fundamental:

SE OS SERES HUMANOS NÃO SÃO IGUAIS, O QUE DIZER SOBRE O QUANTO PODEM PRODUZIR?

Com o entendimento de que os seres humanos são diferentes entre si, podemos racionalmente concluir que também possuem ritmos diferentes de produção, afinal possuímos aptidões e múltiplas inteligências distintas, e isso não constitui demérito algum, pois simplesmente cada pessoa possui um tipo de prioridade e foco de acordo com a vida que quer ou gostaria de levar. Isso faz parte da sua individualidade! Isso se chama liberdade!
Seguindo essa linha de raciocínio, temos portanto o início de um levante que garantiu e deu início as liberdades do mundo moderno ocidental, tal como o conhecemos: a Revolução Francesa.
LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE
O famoso lema da Revolução Francesa, movimento tão importante para a derrocada de vários regimes opressores foi muito importante para a conscientização coletiva da necessidade de grandes mudanças estruturais, contudo, não reflete integralmente a realidade. Lembra que terminamos a pergunta anterior com a palavra liberdade? Pois bem, creio que ela é condição básica para que qualquer indivíduo seja feliz e, por consequência, todas as sociedades! Nesse sentido, ao maximizarmos a liberdade para todos inevitavelmente alcançaremos a fraternidade plena. Mas e a igualdade?
Lembra também que falamos em sermos desiguais por natureza? Pois bem, faça um pequeno exercício de reflexão: e se uma força maior, muito poderosa, forçasse situações para que todos os humanos fossem iguais! Será que indo contra a sua própria essência que é a liberdade, como demonstramos aqui, esses homens seriam felizes? E, no passar dos anos dessa condição imposta, teriam vontade de prosseguir com seus afazeres sem que isso representasse algum tipo de bônus para o que realmente lhes importa? Leia atentamente o trecho abaixo de Frédéric Bastiat, um economista e jornalista francês, contemporâneo dessa grande Revolução e amarre todas essas questões que levantamos:

"Vida, faculdades, produção - e, em outros termos, individualidade, liberdade, propriedade - eis o homem. E, apesar da sagacidades dos líderes políticos, estes três dons de Deus precedem toda e qualquer legislação humana, e são superiores a ela." (Bastiat, F. 1801 - 1850)

Ora, isso posto, podemos apontar o Estado como sendo a força maior que usamos como exemplo, a liberdade como princípio básico da nossa individualidade que conduz a felicidade e, por consequência, a fraternidade universal e a propriedade como um bônus que pode ser sacado ou não! De acordo com o uso que fez da sua liberdade, dos seus desejos!

O EXEMPLO DE MARIA

Certa vez, numa excursão escolar, fomos conhecer uma região de mata Atlântica remanescente (hoje uma raridade) com a orientação de uma professora de biologia. Enfim, a certa altura do passeio nos deparamos com um casebre "malocado" no meio da mata e aos gritos a professora pediu que ignorássemos aquilo e seguíssemos em frente, no entanto, eu e mais dois resolvemos desobedecê-la e ir conhecer a tal casa em estado lastimável. Lá conhecemos a D. Maria, uma senhora já bem idosa e que nos recebeu com um grande sorriso e cordialidade. Ela queria passar um cafezinho até, mas não deixamos... Em resumo, pois essa história seria motivo de um novo artigo (quem sabe?) ela disse que estava ali há anos e que era muito feliz com sua natureza , compotas (com as quais sobrevivia) e bichos. Também disse que até tivera uma vida boa na cidade, mas que decidiu largar tudo para viver do jeito que sempre quis! Com simplicidade e ao lado das coisas de que mais gostava.

O exemplo de Maria serve para nos lembrar de que a felicidade é um conceito muito individual, assim como a prosperidade, mas somente a liberdade é capaz de garantir a todos fazerem de suas vidas o que bem entenderem!

SEPULTANDO O SOCIALISMO

Ao ler sem preconceitos os postulados do socialismo e observar seus exemplos práticos em vários países que o adotaram, julgamos: 
  • Nos países que utilizam esse sistema as liberdades foram e são respeitadas? Não!
  • Nos países que utilizam esse sistema o aumento da produção se deu ou ainda acontece sem o uso da coação? Não!
  • Nos países que utilizam esse sistema houve ou há total liberdade de expressão? Não!
  • Nos países que utilizam esses sistema e pregam a total igualdade, todos de fato a usufruem? Não! Em todos os exemplos os membros do partido dominante, o governo e seus mantenedores são beneficiados em detrimento do restante da população.
  • Nos países que utilizam esse sistema todos são livres para exercerem suas aptidões nas profissões que desejam? Não! Muitas vezes o Estado ao verificar uma carência em determinada área pode "recrutar" pessoas, à revelia, acabando com seus sonhos e passando por cima da sua liberdade.
Eu poderia citar inúmeras características como essas, mas o artigo ficaria ainda maior! Contudo, penso que meu objetivo foi alcançado, pois fica demonstrado que sem liberdade o ser humano se quer consegue desenvolver sua humanidade e assim construir um mundo mais próspero.

CONCLUSÕES FINAIS

Com o acirramento da polarização de ideias no Brasil, muitas inverdades estão sendo plantadas, pois muitas vezes se torna impossível defender o indefensável! Dai, para rebaterem exemplos como citei acima, os socialistas dizem: mas o socialismo deu certo nos países nórdicos! Isso chega a ser até um ato de desespero para confundir os mais ingênuos, pois não é porque adotam meia dúzia de leis que concedem benefícios sociais à título de políticas públicas ao povo que se pode dizer serem socialistas! Se assim o fossem não teriam a economia planificada de mercado tal qual os países notoriamente capitalistas! 

A Alemanha Oriental não aguentou o peso do socialismo, ruiu e logo buscou se reunir a Alemanha Ocidental. A União Soviética riu e logo tratou de capitalizar sua economia antes que o estrago fosse ainda maior! Cuba, por sua vez, recentemente vêm abrindo o seu mercado para não afundarem, seguindo o exemplo da China! E o nível de vida dos que vivem na Coreia do Norte, especialmente os camponeses, é triste, beirando a escravidão! Na Venezuela, sem contar com a fuga em massa, a inflação já passa dos mil por cento! Como defender esse sistema?  

É claro que o capitalismo não é perfeito, existem inúmeras distorções, erros e práticas absurdas que precisam ser modificadas, mas no mínimo garante a liberdade e a pequena possibilidade de querer ou não ascender socialmente, coisa que o socialismo não permite! Ficou provado! Sejamos como as corajosas lagartas e abandonemos de vez esse casulo! 

 

Um comentário:

  1. Nossa Flavio seu post é uma chamada a razão com coerência e fatos, não se discute.
    Gostei muito de ler e analisar, muitas vezes ficamos dando com a cabeça na parede por ter preguiça de pensar o obvio. Há! Ri alto no destaque da conciencia feminina, maravilhosa chamada. Um abraço.

    ResponderExcluir