quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Os 10 melhores discos dos Rolling Stones de todos os tempos!


Cof...Cof...Cof...
Desde novembro do ano passado não publicamos mais artigos novos e isso se deve pelos contratempos da vida e não descaso para com o blog. Perdoem-nos! Pretendo escrever algo com mais frequência a partir de agora E, nada melhor do que falar de música!

Abaixo segue a lista dos dez melhores discos dos Rolling Stones gravados em estúdio de todos os tempos em ordem decrescente de preferência! Obviamente não entram na classificação discos ao vivo ou coletâneas famosas após a década de 70, tais como  "Jump back". 

Além disso, adotei como referência apenas as versões distribuídas nos EUA (que servem de melhor referência para nós no Brasil do que outras lançadas na Inglaterra por exemplo). Lembrando sempre que o último disco da banda em estúdio com apenas composições próprias foi o "A Bigger Bang" de 2005. Vamos a lista?

10 - SOME GIRLS (1978)


O álbum Some Girls de 1978 ganhou seis discos de platina (EUA) e é o décimo sexto disco autoral de estúdio lançado pela banda. O coloquei nessa posição porque é a cara dos Stones em sua formação, digamos, moderna com Ron Wood. Me parece que nesse trabalho Wood e a banda realmente formaram uma nova química e que deu muito certo.

Essa química de "Some Girls" foi tão explosiva que vinha uma porrada atrás da outra, demonstrada literalmente no clipe "Respectable". No entanto, também foi bastante polemico disco por conta do movimento feminino de alguns países enxergarem a obra como um produto machista, especialmente pelo cunho de algumas letras e seu encarte interno. Apontamento esse absolutamente sem cabimento, pois era apenas pura zombaria.  Destaques para as faixas: "Miss you", "Some girls" e "Beast of burden".

09- STEEL WHEELS (1989)

O álbum Steel Wheels de 1989 ganhou dois discos de platina (EUA) e é o vigésimo primeiro disco autoral de estúdio lançado pela banda. Na minha modesta opinião o Steel Wheels merece entrar na lista dos dez melhores discos dos Stones porque mostra um amadurecimento no som da banda e isso ficou claramente demonstrado nas doze faixas do trabalho e também na própria turnê de divulgação, a chamada "Urban jungle tour". O disco foi um tapa na cara dos críticos que simplesmente julgavam a banda morta, sendo também uma espécie de estopim de vitalidade para o quinteto. Por último, o disco também sinais expressivos de desgaste do baixista Bill Wyman, que não tocou em todas as faixas, saindo pouco depois. Destaques para as faixas: "Mixed emotions", "Sad, sad, sad" e "Rock and a hard place".

08- IT´S ONLY ROCK ´N´ROLL (1974)

O álbum It´s only rock and roll de 1974 ganhou um disco de platina (EUA) e é o décimo segundo disco autoral de estúdio lançado pela banda. A obra retrata o fim de um estilo de som da banda, afinal esse foi o último trabalho com os Stones do talentoso guitarrista Mick Taylor. Por sua técnica apurada, alguns consideram a fase com Taylor o melhor período da banda.

Embalado por sua faixa principal "It´s only rock´n´roll (but i like it)" esse disco mostrou que mesmo durante os anos 70, auge da febre disco music, o rock ainda era um estilo muito viável, sendo obrigatório, na minha opinião, sua presença na estante de qualquer pessoa que diga amar tal estilo. Destaques para as faixas: "It´s only rock and roll (but i like it)", "If you can´t rock me" e "Dance little sister".

07- LET IT BLEED (1969)

O álbum Let it bleed de 1969 ganhou dois discos de platina (EUA) e é o décimo disco autoral de estúdio lançado pela banda. Numa época em que o marketing explorava tudo o que podia numa suposta rivalidade com os Beatles, o disco sempre pareceu uma paródia do disco "Let it be"da banda de Liverpool, apesar do trabalho dos Stones ter sido lançado primeiro. Além disso, o disco tem registrada a última participação de Brian Jones (fundador da banda) nos Stones, tocando instrumentos alternativos em "Midnight Rambler" e "You got the Silver".

Há quem diga que o Let it Bleed é o melhor disco da banda nos anos 60, será? Destaque para as faixas: "Gimme Shelter", "Midnight Rambler" e "You can´t always get what you want".

06- AFTERMATH (1966)

O álbum Aftermath de 1966 ganhou disco de platina (EUA) e é o quarto disco autoral de estúdio lançado pela banda. Trata-se do primeiro trabalho dos Stones composto apenas por composições próprias, leia-se Jagger/Richards. Além disso, vale lembrar que esse álbum colocou os Stones na era "stereo".

Na minha opinião esse disco também é um divisor de águas, pois observa-se uma profunda mudança na pegada da banda, algo como manter as influências, mas criar um estilo próprio, marcante por exemplo no hit "Under my thumb". A grata surpresa fica por conta da atuação divina de Brian Jones experimentando e incorporando novos instrumentos à banda, tais como o xilofone e as marimbas. Destaque para as faixas: "Under my thumb", "Paint it black" e "Lady Jane".

05- TATOO YOU (1981)

O álbum Tatto you de 1981 ganhou quatro vezes o disco de platina (EUA) e é o décimo oitavo disco autoral de estúdio lançado pela banda. Nele, os Stones inauguram os anos 80 com algumas músicas gravadas do repertório não publicado dos anos 70, ou seja, uma maneira inteligente de ganhar tempo perante uma agenda lotada de shows e outros compromissos profissionais. 

Tatto you é, sem qualquer dúvida, um dos discos mais populares não só dos Stones, mas também pela crítica musical especializada que o considera um álbum essencial na coleção de qualquer pessoal que realmente curta rock´n´roll. "Start me up" atingiu a primeira posição durante algum tempo em execuções nas rádios americanas, tornando-se uma espécie de hino. Destaque para as faixas: "Start me up", "Hang fire" e "Waiting on a friend".

04- HIGH TIDE AND GREEN GRASS (1966)

O álbum High tide and green grass de 1966 ganhou duas vezes o disco de platina (EUA) e é trata-se da primeira coletânea oficial da banda. Ou seja, quer ter um bom resumo do trabalho dos Stones em de sua fase inicial até 1966, então adquira/ouça esse trabalho de ponta a ponta. 

Vale lembrar que os Stones nasceram ainda num período em que os "compactos" (pequenos discos de no máximo quatro músicas) faziam sucesso e era uma das melhores maneiras de divulgar bandas iniciantes, afinal sua produção era barata e acessível a todos. Músicas sensacionais como "Child of the moon" e "Dandelion" foram lançadas primeiramente nesse formato e só muito tempo depois foram "transportadas" para o formato LP. Destaque para as faixas: "Satisfaction", "The last time" e "Get off of my cloud".

03- STICK FINGERS (1971)

O álbum Stick fingers de 1971 ganhou três vezes o disco de platina (EUA) e é o décimo primeiro disco autoral de estúdio lançado pela banda. O famoso disco do zíper, causou muita polemica na época, no entanto, seu repertório poderoso fez com que esse espanto fosse minimizado e se tornasse de imediato um grande sucesso.

Esse trabalho marcou alguns pioneirismos: foi o primeiro disco com a participação completa de Mick Taylor, do selo The Rolling Stones records e da aparição da mítica logo da língua. Além disso, é presença obrigatória nas listas de melhores discos de rock de todos os tempos por qualquer crítica especializada. Destaque para as faixas: "Brown sugar", "Sway" e "Wild Horses".

02- FLOWERS (1967)

O álbum Flowers de 1966 ganhou um disco de ouro (EUA) e foi uma coletânea com muitas músicas que só apareceram em compactos ou apenas em discos oficiais (leia-se nas versões de Aftermath e Between the Buttons lançadas na Inglaterra). 

Uma coisa interessante e que poucas pessoas sabem é que esse disco teve excelente vendagem mesmo sendo lançado durante o esperado disco dos Beatles Sgt. Pappers. OU seja, quando muitos críticos achavam que ele seria ofuscado e esquecido, afinal não era um material novo dos Stones, na real agradou em cheio. E esse é um disco que recomendo fortemente para todos aqueles que querem conhecer o trabalho da banda em seus primeiros anos de carreira. Destaque para as faixas: "Ruby tuesday", "Out of time" e "Mother´s little helper".

01- EXILE ON MAIN STREET (1972)

O álbum Exile on main street de ganhou dois discos de platina (EUA) e foi o décimo disco de estúdio autoral lançado pela banda.Sempre figurado entre os melhores discos da história do rock, o exile teve de cara muitos pontos a favor: total integração de Taylor com o resto da banda, álbum duplo capaz de reunir muitas músicas boas num único lançamento e uma junção muito interessante de jazz, blues, soul e rock and roll genuíno. 

Seu título, que é uma referência ao auto-exílio dos integrantes da banda na França, remete por consequência a todos as pessoas que fizeram esse movimento e que no presente encontram-se longe de suas pátrias. Poucos sabem, mas algumas faixas do trabalho não foram gravadas em 1972, mas sim durante as gravações de Stick Fingers. Em 2010 o álbum foi relançado contendo algumas músicas "raridades" que não foram incluídas no original, resultado: os Stones entram para a história como a primeira banda a relançar um disco e voltar com ele para o primeiro lugar nas paradas. Destaques para "Loving cup", "Happy" e "all down the line".

NOTAS FINAIS:
I- Essa é uma lista pessoal, evidentemente cada um  (ou cada fã da banda) tem o seu gosto;
II- Muitos discos excelentes ficaram de fora, mas faz parte quando resolvemos montar uma lista com apenas 10 discos num universo muito vasto de obras.
III- O fato de não aparecerem aqui na lista discos posteriores a 1989 não significa que tais trabalhos tenham qualidade inferior, ao contrário possuem álbuns muito bons, mas ficaram de fora por falta de espaço numa lista com apenas 10 trabalhos.

Espero que tenham curtido.
Flávio Ribeiro

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